Pesquisadores estudaram a relação entre o horário natural de sono (cronótipo) e a saúde mental em 73.880 adultos de meia-idade e idosos no Reino Unido. Os participantes informaram suas preferências de sono (acordar cedo, dormir tarde ou algo intermediário) e usaram um acelerômetro por sete dias para registrar seus hábitos reais de sono. Com base nisso, foram classificados em três grupos: dormidores precoces (25%), intermediários (50%) e tardios (25%). A saúde mental foi avaliada por meio de registros médicos, considerando transtornos listados na Classificação Internacional de Doenças (CID). A categorização por comportamento de sono, em vez de horários fixos, foi considerada mais eficaz, pois leva em conta as diferenças culturais e contextuais nos padrões de sono.
“Descobrimos que o alinhamento com o seu cronótipo não é crucial aqui, e que, na verdade, ficar acordado até tarde é prejudicial à saúde mental”, disse Jamie Zeitzer, Ph.D., professor de psiquiatria e ciências comportamentais e autor sênior do estudo”.
O estudo sugere que a ligação entre dormir tarde e problemas de saúde mental pode estar relacionada a decisões ruins tomadas durante a madrugada. Comportamentos nocivos, como pensamentos autodestrutivo, atos agressivos, uso de substâncias e alimentação excessiva, são mais comuns nesse período. A “hipótese da mente depois da meia-noite” propõe que mudanças no cérebro durante a noite aumentam a impulsividade, o mau humor e os riscos.
O estudo, publicado na Psychiatry Research
1 junho 2024
