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Migrar é muito mais do que mudar de endereço. É atravessar fronteiras externas — e internas. É tentar construir uma nova vida carregando lembranças, saudades, expectativas e, muitas vezes, feridas invisíveis.

A migração por si só não é causa de sofrimento, mas pode se tornar um fator de vulnerabilidade psicossocial*. Isso significa que a soma das experiências vividas, o afastamento da rede de apoio, a adaptação a uma nova cultura, o idioma, o racismo, o preconceito, a sensação de não pertencimento — tudo isso pode gerar um impacto profundo na saúde mental e emocional da pessoa migrante.
Essa vulnerabilidade não aparece de uma vez só. Ela se instala aos poucos:
- Na dificuldade de se sentir em casa, mesmo dentro da própria casa.
- Na culpa por estar longe da família.
- No medo constante de não dar conta.
- No sentimento de inadequação.
- No esforço para parecer forte, quando por dentro há um cansaço imenso.
Quando esses fatores se acumulam e não encontram espaço de escuta e cuidado, o corpo e a mente reagem com ansiedade, tristeza persistente, crises emocionais, ou até sintomas físicos — tudo isso é um pedido por ajuda.
Migração e trauma: conexões reais
Em muitos casos, migrar ativa ou aprofunda traumas antigos. Especialmente se a decisão de sair do país estiver ligada a violência, pobreza, discriminação ou ruptura forçada. O deslocamento pode ser vivido como uma perda múltipla — da identidade, da segurança, dos vínculos, da própria história.
Se você está enfrentando dificuldades emocionais no seu processo migratório, saiba que a psicoterapia pode te ajudar a entender o que sente, ressignificar suas dores e reconstruir seu senso de identidade.